Ninguém merece...

E voltei.

Vamos lá minha gente! Toca a tirar os três pares de luvas, os sete casacos da neve e essas collants para estarem mais à vontade.

Quem paga as contas da EPAL no céu? Se é Deus ele que se prepare para ver a conta da água quando voltar do Chile, porque aquela torneira do bidé aberta já nos deu pano para mangas. Eu acho que não faz muito sentido. Há dias tentei sair da faculdade para ir para casa e quando chego ao metro pareceu que tinha acabado de chegar directamente do dia 21 de Abril de 1989, no Terreiro do Paço. É que chove vai para mais de um mês e o meu corpo já está a ultrapassar a teoria de Darwin e sinto guelras e barbatanas a crescer em mim.

Hoje faz sol, mas sabe Deus (não deve saber, mas pronto), o frio que estava às sete da manhã quando fui passear o Yorkshire Terrier amestrado. O meu progenitor alertou-me que estava frio... Mas não disse que o Polo Norte se tinha mudado para Carcavelos. Tudo bem que o meu cão teve facilidade em interagir com os ursos polares, mas eu nunca me dei bem com esquimós.

Quando há diminuições de salários e aumento de impostos tudo faz greve. Agora faz um tempo ridículo e não se vê uma única manifestação no Instituto de Meteorologia nem uma queimada de estátuas de São Pedro.
E graças ao Senhor as minhas fortes relações com os meus vizinhos deixaram de ser o que eram... Desde que começou a chover todos os dias a relação ficou monótona, sempre o mesmo tema: "Mais um dia de chuva, não é?". Já quase fazemos força para não nos cruzarmos no elevador. É triste...

I'll Be Back.